sexta-feira, janeiro 11, 2008

Contigo, tenho dias.

Contigo, tenho dias.
Dias, em que a habitual indiferença quanto às andanças do teu destino dá lugar a uma precisão urgente, como uma sede de náufrago ou um desejo de grávida.
Tenho dias, contigo.
Em que és o Sexo e a Palavra, o sítio onde trabalho, a casa onde vivo, o ar que respiro.
Em que és o ronronar abafado da máquina do café, o correr da chuva no algeroz do prédio, a humidade esconsa da minha rua, reflectida no macadame.
Pequenas coisas te despoletam, pode ser o cheiro de outro homem,
a declinação de um som ou o teu nome abreviado nos contactos do telemóvel.
Pequenas coisas,
mas nem por isso aprendi ainda a identificar os sinais: quando me chegas, já vou tarde.
E então fico quieta, à espera, enquanto passas por mim, ocioso, como um domingo,
um passeio dos tristes, uma ida às queijadas ou ao hipermercado.
Contigo, tenho dias.

1 comentário:

Anónimo disse...

ESte texto foi plagiado do blogue www.umamoratrevido.blogspot.com, e está protegido por direitos de autos. Aliás, tal como consta do blogue de onde foi roubado. Palgiar é feio e é crime. Estão a ser tomadas as devidas medidas legais contra o/a autora/a deste blogue.